O nó
desviado no estômago de vidro
A secura de
um lábio afugentado pelo cair da tarde
Fuga de
qualquer lembrança no início de Janeiro
Beleza
Memórias dos
dias infantis à varanda
A luz na
transparência do vestido
Lume brando
no decote da madrugada
Desamor
Como facas
que gritam enfurecidas
Rochas esbatidas
pelas vagas
O pio calado
dos pássaros à beira-mar
Velhice
O espelho
rompe pela temperatura
Face antes
vagamente jovem
Cai pela
ruga a passagem do tempo
A água
esgota-se na saudade
Aborrecimento
Escondo o
presente e não sei
É hora e não
vou a tempo de arriscar
Permaneço e
assim por aqui me aborreço
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