Fotografia de Tânia Santos |
“Ninguém discute a acção moralizadora das flores e das coisas simples,
humildes e ao mesmo tempo grandes da natureza – as águas correntes, a luz, as
montanhas. A vida sabe-nos melhor quando podemos abrir as janelas, ainda que
sejam de um cubículo – para o ar livre e a natureza magnífica; o pão nosso de cada dia tem outro gosto, ainda que seja de rala, se o comermos em frente de um
molho viscoso, fresco, todo pulado de orvalho, de margaridas, de açucenas, de
lilases. Tudo o que é belo torna-nos grandes e simples.”
Raul Brandão, Maio, in Brasil-Portugal, Lisboa, 16 de Maio de 1901,
pp.125-126. Tb in Vimaranense, Guimarães, 5 de Maio de 1917.
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