Lilac Isle de Phillipa Cardoso |
Phillipa
Cardoso é pintora e, por vezes, também ilustradora. Nasceu em Toronto, Canadá,
em 1979 e regressou à Ilha Terceira e a Angra do Heroísmo em 1994, quando tinha
apenas quinze anos.
Frequentou o
curso superior de Artes Plásticas-Pintura, na Faculdade de Belas-Artes de
Lisboa e estagiou na Sala Infanto-Juvenil da Biblioteca de Angra do Heroísmo.
Actualmente faz parte da direcção da Oficina
de Angra, Casa do Sal, leccionando Desenho e Pintura às diversas faixas
etárias.
A exposição
“Organics/Orgânicas" que iniciou a 14 de Junho no Auditório do Ramo
Grande e que se prolongará até dia 14 do próximo mês está dividida em dois
grupos ou campos de visionamento: o primeiro, à esquerda de quem entra no
auditório do Ramo Grande, é o "Interdimensional Organics /Orgânicas
Interdimensionais" onde podemos ver trabalhos mais simples de linha contínua,
apelidados pela artista de 'jardins flutuantes'; a segunda parte, à direita, é
composta pelos "Illustrated Organics / Orgânicas Ilustradas" com os
seus seres fantasmagóricos, criaturas do mundo imaginário da pintora, onde tudo
é permitido e é possível coabitar realidades paralelas desse universo.
Os trabalhos de Phillipa Cardoso revelam um
mundo onírico carregado de fantasia e sonho, com alguma metafísica à mistura,
traços delicados que contemplam uma miscelânea de cores, esboços, e contornos típicos
de um ser perceptível em busca de quimeras e utopias da cor, um corpo
inevitavelmente poroso e permeável ao brotar da luz, das formas e feições. A
procura da outras dimensões do existir é uma constante na autora, habitando o
nosso olhar nesses mundos possíveis ou visões mais afastadas ou globais da
existência, ao mesmo tempo que aquilo que é ilustrado fosse um aprofundamento,
um zoom do que se passa nas flutuações anteriores.
A Phillipa
acredita no poder da arte, enquanto expressão, manifestação e capacidade de um impulso
cósmico, motivador de enlaces e criador de afectos. Ela acredita na união entre
as pessoas e na habilidade colectiva de juntar forças e prosseguir viagens no
plural. Sabe que arte pode preencher uma ou várias vidas, e por isso não
desiste de promover encontros e cruzamentos entre as diversas artes na Casa do
Sal.
Em Agosto de
2012 escreveu um texto para o desaparecido suplemento do Jornal União (com pena
nossa, leitores!), que findava com uma frase que faz lembrar uma máxima
retirada dos manuais: “um pouco de arte por dia, não sabe o bem que lhe fazia”
e…há quem diga que é verdade!
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