-Após a banda sonora do Manuel Jorge Veloso, do poema do
Alexandre O’Neill (Belarmino - Amigos Pensados”) e deste vosso tema, é caso
para dizer que nunca um filme em Portugal gerou tanto entusiasmo e fulgor
criativo. Qual é a vossa opinião sobre o filme enquanto expressão de um certo
espelho lusitano?
-André: O filme é ainda hoje uma referência e à época foi uma pedrada no charco do cinema português. Está ali num limbo entre a ficção e o documentário que me agrada muito. É sem dúvida um espelho da época. Dá para ver toda a gente a olhar para o chão metido dentro das suas vidas e dos seus casacos. O Belarmino acaba por contrastar no meio daquilo tudo com aquele ar gingão e aquela pose de malandro.
Entrevista dos Linda Martini ao Boletim Cultural Fazendo nº 48(https://issuu.com/fazendofazendo) (29 de Outubro a 11 de Novembro de 2010).
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