Liv Ullmann e Julia Dufvenius |
Karin: Porque não posso viver um amor como o da minha mãe?
Marianne: Não tiveste medo que o teu pai se suicidasse
depois da morte dela?
Karin: Não pensei muito na tragédia dele. Mas tentei cuidar
da mamã o máximo que ela me deixou. A mamã nunca foi muito faladora. Mas num
dos seus últimos dias, costumava dormir com morfina...quando estava junto dela,
ela olhou para mim e disse muito claramente: "Sabes que te amo. Sabes que
te amo, Karin". A minha mãe nunca usava esse tipo de linguagem. Uma vez o
papá disse na brincadeira, isto já foi há muito tempo, "A Anna nunca diz
"amo-te" mas está sempre a realizar actos de amor".
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in "Saraband", de Ingmar Bergman (2003)
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