é arriscado o regresso a uma casa abandonada,
começar jornal pela página última,
aos primeiros veleiros da manhã acenar,
conceber cócegas no pescoço da infância,
celeste azul do atlântico oceano por comprovar
e a janela com a alba de noite mal dormida
em pesadelo adolescente que ameaça rebolar.
Sol e ao longe
abusas da exclamação e reticências,o coração bate em silêncio devagar,
botões da camisa apertados dois a dois,
lamber selos demorados até chegar
no peito como tambores o cravar da meninice,
golfinhos avistados à distância do pulmão,
pingos deitados num bramido cá para fora
e do torpor impertinente padecer
até caminhar descalço sem ver o chão.
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