Frank Möbus (Fotografia: Margarida Quinteiro) |
Pode-se
accionar o serviço laudatório e
discorrer sobre as maravilhas da audição de um disco de que gostamos ou então
num dos que nos vamos focando de forma febril, despendendo toda a nossa atenção
e em que perdemos todo o tempo do mundo, mas, porventura, a grande música, já
agora também o teatro, o cinema, a poesia que nos diz particular respeito, são
aquelas que interrogam o nosso mais profundo desejo de termos sido nós os
criadores daqueles temas ou objectos artísticos. A música pela sua capacidade
evocativa consegue mais facilmente esse feito, pois pela sua rápida difusão e
sua instantânea partilha, torna-se efectiva no que toca ao comungar das emoções
mais díspares. Há dias na (re) audição do tema Believer, do Carlos Bica &Trio Azul, o êxtase sentido foi análogo ao obtido
durante a primeira escuta do tema em concerto ao vivo, o que atribui ao tema um
carácter único e especial. Quem não gostaria de estar no lugar dos músicos
Frank Möbus, Jim Black e Carlos Bica ou, muito simplesmente, ter
"inventado" este Believer?
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