O poeta
albanês aproxima-se astuto
em câmara
lenta da democracia literária
como nos
filmes mudos com banda sonora
à demanda
excelsa de dedicatória irmã
recontado o
périplo, o prato do ovo com arroz,
avenidas
largas de paranóica amplitude
de privações era feito o paraíso e a reclusão
de privações era feito o paraíso e a reclusão
em páginas
gastas com o ditador se comia
os avisos do
professor e a cantora careca
na mesa de
hotel a fintar o charme e a delícia
sem
reverência torpe ou linguístico terror
cada qual no
seu papel e a inventiva escritora
vai
escrevendo incessantes letras sem parar
são
arquitecturas perdidas na sua memória
palavras que
um amador de livros lhe quis oferecer...
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