quarta-feira, 17 de junho de 2015

Os Filmes Coloridos de João Camilo

     
  Uma das coisas que mais gosto de fazer quando vou à procura de um livro é descobrir poetas ou romancistas de que nunca ninguém tenha ouvido falar, ou que então se considerem esquecidos. Lembro-me de um dia ter encontrado um pequeno livro de poemas intitulado “Filmes Coloridos”, num fundo de uma livraria/armazém da cidade Porto. Aquele livro parecia-me abandonado, sem leitores, olvidado. Como na altura me parecia barato – cinquenta escudos – fui oferecendo a todos os meus amigos que encontrava na rua. Esse livro do poeta João Camilo serviu também para uma noite de poesia colectiva/performance no jardim de uma república coimbrã, enquanto estudante, e ainda hoje me acompanha. Passaram-se tantos anos e é como se este livro continuasse vivo por aqui. É o livro que eu gostaria de ter escrito, o livro que eu gostaria de ter publicado e, por isso, ainda bem que existe.

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