Apareceu, entretanto, um jornal pela mesa, com o nome de Monchique, gente que escreve, no interior do verde e das fajãs. Gente a espalhar palavras pela ilha, provavelmente para tornar mais solta a conversa dos homens no cair da tarde. O editorial constata o que já todos sabíamos, falta crianças a crescer no meio de tanto verde, falta também saber aproveitar melhor e de forma mais saudável um recurso tão útil como a água. Falta tanta coisa e mesmo assim há tanta coisa por aqui: o esplendor do verde e do azul (quando há!), o silêncio feito paz interior, as cascatas a jorrar água permanentemente, uma terra fértil onde brota tudo que se possa plantar. E por fim, um mar com tanto peixe, ainda que seja melhor e menos perigoso pescar no verão. E a Fajã Grande? Lugar de tanta beleza, espaço de prodigiosos encantamentos, apetecível para alemães reformados ou retiros prolongados de gente à procura de trilhos e de descanso. As Flores, as flores...
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