A rádio está muitas vezes ligada e as músicas vão preenchendo o espaço vazio, o quotidiano e a vida dos mortais. As músicas acompanham-nos, ajudam-nos a suportar a existência. Subitamente, dá-se conta de algo especial, um raro momento de inspiração perante a rotina auditiva, um momento de tensão melancólica presente desponta a curiosidade e a vontade de tornar efectiva a descoberta. Daí até à paixão propriamente dita é um pequeno passo bem como o despontar desse desejo de tudo pretender descobrir à volta desse objecto musical. Isso aconteceu com a voz de Dan Bejar que, vá-se lá saber por que carga de água, tem como nome da sua banda suporte: Destroyer, não se sabendo se é pela simples ideia de destruir tudo aquilo que está para trás a cada novo álbum consumado ou o ímpeto criativo de destruir para criar algo novo.O cantor Dan Bejar tem daquelas músicas orelhudas que sabemos que mais tarde ou mais cedo iremos trautear de forma fácil e despreocupada. Afinal, sempre há mais qualquer coisa no Canadá do que a voz aveludada de Leonard Cohen.
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