À conversa com Miguel Carvalho (Rascunhos) |
“Sala de Embarque” parte da ideia de instabilidade,
um motivo de desconforto que se instalou num alargado corpo/célula,
estendendo-se como um vírus generalizado de partida, alastrando a sua
mobilidade um pouco por todo o lado. Ao fundo do túnel não surge qualquer
solução, somente uma porta de saída imaginária, um feixe de janela por
espreitar, um hipotético local de embarque. Um ensejo e desejo de viagem.
Consumada a mudança de espaço físico e de abalada obrigatória para outro lugar num desespero feito imposição, eis a impossibilidade de permanecer e
experienciar um modo de vida já conhecido. Resta afirmar a aventura e paixão
pelo desconhecido, tornando a existência propícia para a aprendizagem e o
sonho.
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