"A parte boa: a capacidade de amar, de criar. A parte má: o egoísmo, a vaidade, a sacanice. Podemos ter tudo numa só pessoa mas há predomínios. Há duas coisas importantes, a capacidade de nos interessarmos pelo outro, em que o mais importante são as pessoas de que gosto.E depois há o narcisismo, os outros que se lixem. E todos nós temos um bocado dos dois. Quando somos saudáveis, somos melhores pessoas. Predomina a capacidade de a pessoa se interessar pelo outro, ajudar a sociedade, criar um mundo melhor. Aí também se mede a questão da morte. Quando um indivíduo tem a capacidade de deixar um legado, há uma certa imortalidade simbólica.
António Coimbra de Matos, in Atual, Revista do Expresso, 26 de Fevereiro de 2017
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