Design Júlia Garcia |
Na génese está a solicitação de um texto e uma conversa implícita sobre as fotografias em questão. A descoberta da semelhança entre os Pastores da ilha Terceira e os Carreiros do Monte da ilha da Madeira esteve na origem destas imagens. Estes corpos vestidos de branco encerram no seu trajar, na sua correria, memória de tempos passados, metáfora da vida que corre, que pela corda atam, enrolam e desenrolam, para manobrar ou simplesmente deixar correr e fazer correr.
As fotografias de Jorge Kol apresentam-se assim com o movimento e a genica de homens que correm no desempenho de funções ao ar livre, alvos corpos com chapéu rua abaixo, vestes e postura semelhantes em ilhas diferentes: Madeira e Terceira. Dessa alva exaltação o fotógrafo dá conta, fixa esta gente que trabalha e vive na rua, manifesto de um tempo que continuará a existir.
Assim, a função do texto impunha uma vivência em que a rua fosse cerne e interrogação.
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