"A palavra de
honra está moribunda, quase extinta, decadente. De facto, a honra morreu. É
preciso fazer-lhe uma cerimónia fúnebre, e convictamente enterrá-la de vez. Sugiro
uma cerimónia com pompa e circunstância, com flutes de espumante francês e canapés, e com uma consternação
moderada, suavizada por actuações de palhaços contratados e cuspidores de fogo.
Provavelmente não poderei estar presente devido a compromissos publicitários,
portanto peço-vos que fiquem atentos: o que é para enterrar é só a honra! Não
vá o coveiro distrair-se e enterrar também a palavra ainda viva. Seria um
incidente embaraçoso, que nos deixaria literalmente sem palavras."
Fausto
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