Ao
olhar sem fim o sucessivo
Inchar
e desabar da vaga
A
bela curva luzidia do seu dorso
O
longo espraiar das mãos de espuma
Por
isso nos museus da Grécia antiga
Olhando
estátuas frisos e colunas
Sempre
me aclaro mais leve e mais viva
E
respiro melhor como na praia
Sophia
de Mello Breyner Andresen (in Obra Poética - o Búzio de Cós e outros poemas)
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