“Tinha curiosidade em saber o que fazem os ladrões, como passam os dias
quando não estão a roubar. Passam-nos talvez a estudar, instruindo-se uns aos
outros, entregando-se com paixão, com um zelo infinito, aos golpes que planeiam,
interessando-se, nas tabernas, pelas proezas realizadas pelos seus parceiros,
tendo ciúmes uns dos outros, como nós, os poetas, os artistas, que não fazemos
outra coisa senão criticarmo-nos e atacarmo-nos uns aos outros, para grande
divertimento – e para edificação – do público."
Luigi Bartolini, Ladri di
Biciclete, in “De Bicicleta, Antologia de Textos, Relógio D´Água, 2019.
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