Com Mar, a Última Fronteira o objetivo era “surpreender os portugueses”.
“Fazer o primeiro grande projecto sobre a nossa vida marinha. Filmar todos os
sítios mais remotos que fossem. A costa continental portuguesa inteira, sete
das nove ilhas dos Açores, o arquipélago inteiro da Madeira.” A ideia – mais ou
menos a mesma que leva a dizer que “as pessoas protegem o que amam” – era “deixar
os portugueses orgulhosos por termos esta vida marinha – por ainda termos vida
marinha. Claro que é um projecto de conservação. Não queremos seja catastrófico
e negativo. Queríamos que os portugueses se interessassem pela vida marinha e
se preocupassem em conservá-la. O formato? Mais Cousteau que David
Attenborough, menos locução de imagens captadas e mais aventura e reacções em tempo real (obrigado full face mask,
debaixo de água que transporta os espectadores para o fundo do mar). “Torna
tudo mais espontâneo. As pessoas sentem que estão debaixo de água connosco. Se
acontece o imprevisto, elas acompanham as sensações e emoções. As pessoas
passam pelas aventuras connosco. Se há um problema e somos atacados por um
peixe-porco, elas vivem isso.”
Nuno Sá em entrevista a Luís Octávio Costa, Suplemento "Fugas", Público, 11 de Janeiro de 2020.
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