Para quem fez Erasmus na cidade
grega de Salónica há muitos anos, hoje é dia de celebrar a ideia da Europa. A
Europa é uma ideia instigante para comemorar e preparar o futuro. À altura, foi uma experiência única,
irrepetível e vivida de forma intensa que ultrapassou o espaço das
aprendizagens e trocas universitárias ou mesmo o programa de estudos ali existente,
pois houve saberes e competências subtis que não se cingiram à área de estudos académicos. Por isso,
aprenderam-se outras línguas, viajou-se bastante dentro e fora do país em que se
esteve, conheceram-se os hábitos, gostos e sabores alimentares de um país diferente
do nosso, contactou-se com a história e a cultura daquele país de acolhimento, a tal
ponto que se fizeram amizades que perduram ao longo da vida. O projecto
Erasmus pode ser dado como uma boa garantia do melhor que a União Europeia logrou e soube criar neste espaço comum a que todos temos direito. Passaram-se muitos anos e, há,
evidentemente, muitas dúvidas e perplexidades do rumo que está a ser traçado. A União Europeia nem sempre é
coesa, tolerante ou mesmo revele, por vezes, falhas na solidariedade e respeito por algumas das suas democracias ou até mesmo no ritmo de alguns membros da união. Por isso, evocar hoje o programa Erasmus é a garantia e apreço do que poderá ser a identidade
europeia no futuro: tolerante, aberta e
plural. Que haja sempre Europa!
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