Fotografia de Tânia Santos |
O
mês de Maio nos Açores é o momento do ano em que passa por aqui a baleia azul, o maior animal marinho existente nas profundezas do Atlântico. Os
biólogos marinhos asseveram que o fundo do mar das águas açorianas é usado
enquanto “estação de serviço”, benéfico para que as baleias se abasteçam, pouco
tempo antes de rumarem viagem até aos calotes polares. Quem teve um dia a
oportunidade de assistir a esta passagem, à superfície, é certo, e, pelo mais pequeno
instante que seja, sabe o quanto é difícil esquecer tamanho acontecimento e
contentamento visual, guardando para si memórias inolvidáveis.
Por
esta altura, os Açores seriam também a porta de entrada na Europa para milhares
de velejadores e aventureiros do mar. As marinas enchem-se todos os anos de
iates, veleiros, bem como de outro tipo de embarcações em trânsito. Alguns são
mesmo exemplares dignos na arte da construção naval hodierna, para lá das
réplicas de embarcações de séculos anteriores que aproveitam a Primavera para
navegar. Nas marinas avistavam-se marinheiros, iatistas, skippers, que, durante a sua
estadia ou visita, vão deixando pinturas das suas bandeiras nas amuradas ou
passeios, enquanto vão conhecendo os habitantes locais ou relatando as suas
façanhas e aventuras. Há também navios-escola carregados de juventude que
encontra no mar espaço de aprendizagem, ciência ou terapia…ou mesmo com muita esperança
no futuro, como o caso do célebre “Três Hombres”, que todos os anos regressa
para servir de exemplo em ações do comércio justo, mantendo-se fiel ao
transporte de mercadorias ao sabor do vento e das velas.
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