"Hoje, em autocarros de Bruxelas, anúncios exortam-nos a votar para escolher «o governo da Europa». É propaganda mentirosa (o governo da Europa está nas capitais dos países, e não nas instituições de Bruxelas), mas não é só propaganda. Na selva da globalização, nós, os europeus, só nos safaremos unidos. E contra nacionalismos populistas, a União só terá força se os povos sentirem que precisam dela. O caminho passa também pelo Parlamento Europeu, por pouco votado, frívolo, irresponsável e distante que nos pareça hoje.
Perante a concorrência desenfreada e impiedosa do resto do mundo, está-se a descobrir que os ovos afinal não estivessem tão cozidos como isso tudo. A omelete não será baveuse, mas, se não a quisermos comer, morreremos de fome."
(23-05-2014)
in Inventário, Desabafos e digações de um céptico, Publicações Dom Quixote, Fevereiro 2020.
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