É assim a nossa história. Dá a impressão de que nada
Acontece quando tudo se
espera: duas cadeiras vazias
Junto a uma lareira que
ninguém aquece. E por isso
Inclino-me hoje
especialmente para o silêncio
Mesmo que tenham ficado
pequenas lembranças
Memórias que parecem
coladas a alguma coisa
Como as gravuras
inscritas nas pedras.
Se servimos para algo,
para quê as mãos no fogo?
E se esticarmos a luz
pela tarde para quê a sombra?
As circunstâncias foram
como foram, umas urgentes
Outras carregadas de
malas ou adiadas para nunca
Mas sempre excecionais na
sua imperfeição. Entretanto
Escuta como se aquietou
em mim o teu coração
Num diálogo velozmente
atravessado por distâncias.
Horta,
11.12.2021.
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