Recebi há dias, via email, uma fotografia com a imagem de um exemplar artesanal do "Cavalas e Chicharros" junto de um livro intitulado "Mar Branco", com capa e badana "a sério", em que não consigo descortinar o nome do autor. Gostei da combinação, vi que ambos se ajustam na composição, coincidem no propósito de "falarem" de mar ou sugestão de aventuras piscatórias. É também uma fotografia enviada por dois amigos para este seu amigo, como quem quer provocar uma reacção, um gesto, uma emoção. O email era oriundo do grupo central do arquipélago açoriano, sítio de memórias e de baías partilhadas, mergulhos tardios depois das canseiras, canções à lareira de outros Outonos idos. Mapa e geografia de territórios de pertença emocional. Irei, por isso, omitir o nome dos autores da fotografia, aliás, sei que compuseram a fotografia em conjunto, dado que eles sabem do que falam quando se refere o valor da amizade, isto é, essa cumplicidade prolongada de que somos depósito e memória.
Por fim, esclareço que "Cavalas e Chícharos" é um conjunto de poemas policopiados e distribuídos a amigos próximos no início do último Verão, entregue em mãos como súmula poética de um determinado período ou fase. Este foi o segundo após "Os Poetas Também Dançam", com cerca de três dezenas de exemplares sujeitos à boa vontade e desenho gráfico do Diogo Aguiar. Será que há duas sem três? E...a faina continua!
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