A Maia é uma freguesia da ilha de São Miguel com 1900 habitantes e conta com a Fábrica de Chá da Gorreana e o Museu do Tabaco. Era lá que vivia o Laudalino da Ponte, conhecido também pelo “retratista” da Maia. Laudalino da Ponte trabalhou durante muitos anos na Fábrica de Tabaco da Maia e, como atividade preferencial nas horas livres, gostava de fotografar pessoas, tirar retratos. A pé ou de mota, sempre com a sua máquina fotográfica ao peito, calcorreava a ilha e aproveitava para registar todas as celebrações de vida: baptizados, casamentos, aniversários, matanças do porco e festas do Espírito Santo. Era comum pedir às pessoas, aos locais, para serem fotografados. O seu espólio anda à volta de 157 mil fotografias e este conjunto vai de 1963 até 1975. A Margarida Medeiros reuniu este "corpo fotográfico" que se encontra reunido neste livro, quase dois anos a compilar doze anos de imagens. O mundo de Laudalino da Ponte parece não existir mais, ainda que aquelas pessoas nos pareçam tão próximas e familiares. A edição deste livro é um gesto de delicadeza a uma comunidade, o enaltecimento da vida de alguém que documentou uma época, um período histórico específico, fixando uma experiência existencial numa ilha atlântica. Lá dentro, para além das fotografias a preto e branco, há textos de Maria Emanuel Albergaria e João Leal. A Blanca Martin Calero e a Araucária Edições (https://araucaria.pt/) estão, obviamente, de parabéns!
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022
Laudalino Pacheco da Ponte: o retratista da Maia!
A Maia é uma freguesia da ilha de São Miguel com 1900 habitantes e conta com a Fábrica de Chá da Gorreana e o Museu do Tabaco. Era lá que vivia o Laudalino da Ponte, conhecido também pelo “retratista” da Maia. Laudalino da Ponte trabalhou durante muitos anos na Fábrica de Tabaco da Maia e, como atividade preferencial nas horas livres, gostava de fotografar pessoas, tirar retratos. A pé ou de mota, sempre com a sua máquina fotográfica ao peito, calcorreava a ilha e aproveitava para registar todas as celebrações de vida: baptizados, casamentos, aniversários, matanças do porco e festas do Espírito Santo. Era comum pedir às pessoas, aos locais, para serem fotografados. O seu espólio anda à volta de 157 mil fotografias e este conjunto vai de 1963 até 1975. A Margarida Medeiros reuniu este "corpo fotográfico" que se encontra reunido neste livro, quase dois anos a compilar doze anos de imagens. O mundo de Laudalino da Ponte parece não existir mais, ainda que aquelas pessoas nos pareçam tão próximas e familiares. A edição deste livro é um gesto de delicadeza a uma comunidade, o enaltecimento da vida de alguém que documentou uma época, um período histórico específico, fixando uma experiência existencial numa ilha atlântica. Lá dentro, para além das fotografias a preto e branco, há textos de Maria Emanuel Albergaria e João Leal. A Blanca Martin Calero e a Araucária Edições (https://araucaria.pt/) estão, obviamente, de parabéns!
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