quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Jardim da Parada: César e Reis Juntos!

           “Estes textos, que se tornaram “objecto” graças à perícia do Luís Henriques e do Pedro Santos, foram escritos durante a ressaca amena de uma dessas feiras do livro. Partem de situações e de pessoas concretas, denunciam graças e misérias que não serão exclusivas da poesia. Esta é, em rigor, uma arte verbal (ou, não poucas vezes, uma arrogante impostura). Mas não é abusivo encontrá-la no cinema de António Reis e de João César Monteiro. Ambos escreveram poemas, como é sabido, mas foi talvez no cinema que atingiram a mais alta expressão poéticas de que eram capazes. César renegou todos os seus poemas: Reis apenas uma parte. Ali ao lado, na Travessa do Patrocínio, Fernando Assis Pacheco ouvia Jack Teagarden e Chet Baker, enquanto realizava (em verso) alguma das melhores curta-metragens do século XX.”
            
in “Comércio Local- Jardim da Parada”, Manuel de Freitas, edição Paralelo, Maio de 2018.

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