Antes que o verão chegue
e as longas tardes
se espalhem pelo coração
e te prendam ao desgaste
habitual
toca uma palavra
para que permaneça
na minha boca
onde mais ninguém
possa ficar confundido.
E vê como pesa menos
sobre o silêncio
a sombra que vais mover.
Vasco Ferreira Campos, in “A Voz da Chuva”, Pedra Formosa, Guimarães, 1996.
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