O que seria de nós sem pés para andar na areia,
caminhar no asfalto e galgar ladeiras? E ainda...o que faríamos sem sons, sem divas para
ouvir, sem músicos e guitarristas para contemplar esta música que nos acalme este fogo interior?
Aqui estamos nós, no final de Agosto, a perceber o significado de um festival que glorifica o contacto com a natureza e faz da música uma experiência única e inesquecível. Burning Summer Festival impõe-se, assim, como uma montra de valorização e engrandecimento da música que se faz em Portugal e da dita "world music", incitando ainda um diálogo com povos que nos são próximos, isto é, aqueles que partilham a mesma língua, para além de sessões de filmes que captam a atenção dos cinéfilos. A romaria, no entanto, é só no fim de semana dos concertos.
Aqui estamos nós, no final de Agosto, a perceber o significado de um festival que glorifica o contacto com a natureza e faz da música uma experiência única e inesquecível. Burning Summer Festival impõe-se, assim, como uma montra de valorização e engrandecimento da música que se faz em Portugal e da dita "world music", incitando ainda um diálogo com povos que nos são próximos, isto é, aqueles que partilham a mesma língua, para além de sessões de filmes que captam a atenção dos cinéfilos. A romaria, no entanto, é só no fim de semana dos concertos.
Falhada a presença no
documentário "Entre Ilhas" de Amaya Sumpsi (desculpa, Amaya!),
impunha-se o visionamento de "Cesária Évora", de Ana Sofia Fonseca.
Foi muito interessante a descoberta deste trabalho documental exaustivo em
torno da diva dos pés descalços e que nos conta o quão importante foi Cesária
Évora para a descoberta da música e dos músicos caboverdianos. Cesária Évora
atingiu um sucesso retumbante à escala global e viveu a música com tanta
intensidade que somos contagiados pela sua forma de estar e sentir. Uma
verdadeira explosão de emoções da cantora de Sodade, nascida na cidade de São Vicente, Ilha do Mindelo.
A noite de sexta feira trouxe os "Club Makumba", ainda sem sinal de chuva, com a presença de Tó Trips (guitarrista) e João Doce (baterista), dois conhecidos de outras andanças no território açoriano. Este concerto revelou-se uma aposta ganha com os típicos diálogos rítmicos, tribais, ora lentos ora acelerados. A adesão do público foi geral e no final não havia vivalma que não mexesse um pouco as ancas. Seguiu-se depois Selma Uamusse, uma moçambicana de alma e coração, numa entrega assaz emotiva, a lembrar o poema de José Craveirinha - "As Saborosas Tangerinas de Inhambane", dito por João da Ponte na Tascá da Rua de Lisboa, aquando da sua primeira vinda aos Açores. A cantora actuou com uma banda competente devota da sua alegria e versatilidade, evidenciada nas modulações da sua voz cálida num reportório dançável, vivo. Pouca sorte tiveram os "Arp Frique" que, apesar de demonstrarem um apetite imenso pelo groove e demais ritmos dançantes, entretanto o público afastou-se para a cobertura já que as chuvadas abundantes não deram tréguas, uma pena para Marilonah Copra que não parou de soltar slaps no seu baixo até ao cair do pano.
A noite de sábado abriu com com a pop dançável e adocicada dos "Filipe Karlsson", banda que embalou o público com as suas canções relaxadas para quem gosta de som tranquilo e descontraído, à procura de baías com palmeiras e esplanadas com daiquiris. Seguiu-se esse monstro de palco, Paulo Furtado, inventor desse longevo projeto sonoro - "The Legendary Tiger Man"- que levou os admiradores à loucura, descendo, nos momentos finais, para junto dos fãs num grito incessante até que a sua voz se esfumasse - "Rock and Roll". Por último, os "Mirror People", projecto do ex-"X-Wife", João Maia, e que tinham como missão encerrar o festival com a sua electrónica limpa e escorreita, carregada de memórias e batida dos New Order, sem escusas para ninguém ficar parado.
A noite de sexta feira trouxe os "Club Makumba", ainda sem sinal de chuva, com a presença de Tó Trips (guitarrista) e João Doce (baterista), dois conhecidos de outras andanças no território açoriano. Este concerto revelou-se uma aposta ganha com os típicos diálogos rítmicos, tribais, ora lentos ora acelerados. A adesão do público foi geral e no final não havia vivalma que não mexesse um pouco as ancas. Seguiu-se depois Selma Uamusse, uma moçambicana de alma e coração, numa entrega assaz emotiva, a lembrar o poema de José Craveirinha - "As Saborosas Tangerinas de Inhambane", dito por João da Ponte na Tascá da Rua de Lisboa, aquando da sua primeira vinda aos Açores. A cantora actuou com uma banda competente devota da sua alegria e versatilidade, evidenciada nas modulações da sua voz cálida num reportório dançável, vivo. Pouca sorte tiveram os "Arp Frique" que, apesar de demonstrarem um apetite imenso pelo groove e demais ritmos dançantes, entretanto o público afastou-se para a cobertura já que as chuvadas abundantes não deram tréguas, uma pena para Marilonah Copra que não parou de soltar slaps no seu baixo até ao cair do pano.
A noite de sábado abriu com com a pop dançável e adocicada dos "Filipe Karlsson", banda que embalou o público com as suas canções relaxadas para quem gosta de som tranquilo e descontraído, à procura de baías com palmeiras e esplanadas com daiquiris. Seguiu-se esse monstro de palco, Paulo Furtado, inventor desse longevo projeto sonoro - "The Legendary Tiger Man"- que levou os admiradores à loucura, descendo, nos momentos finais, para junto dos fãs num grito incessante até que a sua voz se esfumasse - "Rock and Roll". Por último, os "Mirror People", projecto do ex-"X-Wife", João Maia, e que tinham como missão encerrar o festival com a sua electrónica limpa e escorreita, carregada de memórias e batida dos New Order, sem escusas para ninguém ficar parado.
A não esquecer que, pelo meio, antes
ou depois dos concertos, tivemos a presença de dj set´s na praia e no interior do recinto, pois houve
sempre música gravada a rodar pelas mãos de Isilda Sanches, Pedro Tenreiro, Laura
& Mesquita, Quaresma & Galopim, Dj Piu Piu, Dj Zelecta, Dj Milhafre, Las Máquinas, entre outros, dado que com tanta queda de água, estes foram imprescindíveis para animar
de sobremaneira este memorável aquoso festival na Praia dos Moinhos de Porto Formoso.
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