segunda-feira, 28 de agosto de 2023

À Memória de Otto Dix

         
      Já passaram cem anos da Gripe Espanhola - ocorrida entre 1918-1920 - onde sucumbiram cerca de cinco milhões de pessoas logo após a Primeira Guerra Mundial, com  quatro anos de duração, mais concretamente entre os dias  28 de julho de 1914 até 11 de novembro de 1918. Uma guerra que marcava a primeira metade da década do século XX, travada por duas grandes forças opositoras organizadas em duas alianças: os Aliados ( Reino Unido, França e Rússia) e os Impérios Centrais (Alemanha e Áustria e Hungria). A mobilização atingiu os sessenta milhões de europeus e morreram mais de nove milhões de soldados. Um desastre como se pode calcular! A primeira década de vinte fechou, assim, com uma mortandade assinalável. 
    Um desses soldados mobilizados deu pelo nome de Wilhelm Heinrich Otto Dix, nascido em Untemhaus, na Alemanha, e que veio mais tarde a tornar-se uma das figuras de proa do expressionismo alemão e onde seria imediatamente censurado com a ascensão do nazismo ao poder. Conhecedor dos horrores da Primeira Guerra Mundial, tornar-se-ia conhecido pela suas postura anti-belicista, materializada  na sua obra “A Guerra”, funcionando o seu trabalho visual, ainda hoje, como reflexo e símbolo de qualquer luta contra a irracionalidade e bestialidade da guerra.

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