contra as bordoadas do tempo
Mas quando vemos chegar
a morte trociscta
sentimo-nos sós»
Jacques Brel |
"Gosto da ternura. Gosto de dar e receber. Mas, de um modo geral, todos temos falta de ternura, sem dúvida porque não ousamos dá-la nem recebê-la. Sem dúvida, também, porque a ternura devia vir dos pais, e a família já não é o que era antigamente. A ternura esvai-se dia a dia e o drama é que não há nada que a venha substituir. As mulheres, em especial, já não são ternas como antigamente. O amor é uma forma de expressão da paixão. E a ternura é outra coisa diferente. A paixão desaparece mais cedo ou mais tarde, mas a ternura é imutável. Existe concretamente. Tenho a sensação de ter nascido terno. Penso que aquilo a que eu chamo amor nas minhas canções é, na realidade, ternura. E sempre o foi, mas só agora começo a aperceber-me disso."
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