o respeito, levantar a saia se a tivesses,
alçar a perna se cão fosses, mandar à merda
quem vem socorrer-te da vida e te decepa os dedos.
Com um rigor
de artilharia que amortece o cansaço,
o combate
quase sereno. De vez em quando,fazes a conta de cor e dizes apesar de tudo, inspira-me,
e não queres saber mais do que isto.
Estás na
vida como na montra alguns relógios
parados, e
pensas numa sepultura no mar, tudo menos esta terra, tudo menos uma corda, tudo menos
viver a pulso e ter de sacudir a chuva contra o casaco.
Os dias sem prognóstico, vivendo apenas para
esperar a madrugada, e que ela venha como o cortejo
e aprendas a ficar.
Marta Chaves
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