Houve uma
ilha em ti que eu conquistei.
Uma ilha num
mar de solidão.
Tinha um
nome a ilha onde morei.
Chamava-se
essa ilha Coração.
Que saudades
do tempo que passei.
Nenhum
desses momentos foi em vão.
Do teu
corpo, de ti, já nada sei.
Também não
sei da ilha, não sei, não.
Só sei de
mim, coberto de raízes.
Enterrei os
momentos mais felizes.
Vivo agora
na sombra a recordar.
A ilha que
eu amei já não existe.
Agora amo o
céu quando estou triste
por não
saber do coração do mar.
Joaquim Pessoa,
in 'Ano Comum'.
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