Com os lábios que seguiam no
corpo o desenho das veias
com as veias
que cruzavam na carne nervos
e músculos. Com a mão que
entre os lábios os dentes
mordiam
aguardavas outra hora do
dia outro dia do mês outra
vida. Não ouves nem vês
os veios da ilha
a sombra da tua imagem. E
a ordem que te envia
uma parede um muro em ruínas
é o que de melhor encontras
para as tuas palavras -
a vez desse verso ninguém a
conhece.
João Miguel Fernandes Jorge, in Antologia Açoriana, edição da Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada, 2011.
Sem comentários:
Enviar um comentário