Imagem do sítio do Walk and Talk |
Ponta
Delgada viveu e vibrou durante duas semanas com o festival de arte urbana, o Walk
and Talk. Ontem, no espaço da galeria, foram apresentadas as diferentes residências
artísticas que tiveram lugar na Ilha de São Miguel, culminando no espaço exterior com um intenso e atmosférico concerto
dos Peixe Avião e a animação visual dos VJ Suave. Uma hora antes, o designer
Miguel Flor abraçava os organizadores e artistas, referindo a importância da consolidação
deste festival, dado este saber acolher e integrar, mobilizar artistas e artesãos numa demanda conjunta, preocupando-se assim em trazer a população para a sua programação, alicerçando cumplicidades. Certo é que pouco mais há a dizer
de um festival que junta designers, tipógrafos, artistas plásticos,
marceneiros, artesãos de vime ou escama de peixe. Este festival tem, pois, um discurso, sabe criar futuro, exige pensamento crítico e por isso irá continuar a crescer já na
sétima edição. Recorde-se que, ao longo destes quinze dias, houve muita música,
artes visuais e performativas, não esquecendo, portanto, os "3rd
Method" que agitaram e encantaram o público mais curioso e interessado num
concerto libertador. Ainda Carolina Rocha que com “Bruto” deixou duas
plateias, em dias diferentes, intrigadas e perplexas sobre o que esta performer/dançarina anda a imaginar,
pensar, sendo muito bem “sonorizada” e secundada por Tiago Franco, No cinema, houve tempo
para assistir a um filme sobre uma dinastia familiar de arquitectos alemã. Um documentário que mais
parecia um poema sobre o amor e dedicação à arte de projectar, a sua vibração e passagem de
testemunho. Desta feita, e até ao final do dia de hoje, formos espectadores ou participantes de exposições,
performances, filmes, animação, intervenções públicas, teatro e ilustração.
Venha o próximo que este foi bom e tão cedo não iremos esquecer!
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