Terminou a
quinta edição do Tremor. E culminou no Arco 8 da melhor forma na alta madrugada
de sábado o dia mais marcante deste acontecimento musical. Ao longo da semana
já tinha havido os concertos surpresa do "Tremor na Estufa" e demais iniciativas espalhadas pelos
mais variados lugares de Ponta Delgada e da Ilha de São Miguel. E o que nos
apraz dizer deste evento? Os mais que merecidos parabéns e felicitações à
organização e um desmedido obrigado aos músicos pelos concertos proporcionados.
Ficam também outras propostas, tais como a exposição "Narcisismo das
Pequenas Diferenças", de Pauliana Pimentel, o retrato duma juventude segundo a origem e o contexto social, ainda
que sem pontes de contacto, a ver na Galeria Fonseca e Macedo ou ainda o filme “Levantados
do Chão”, de Daniel Blaufucks, que nos comove pelo abandono do Hotel Monte Palace e o
gesto soturno e delicado da Banda da Lira das Sete Cidades. Dos benignos e
memoráveis momentos guardar-se-á tantos e diferenciados e, por isso, registe-se assim o concerto dos "10 mil russos" no Túnel das Sete Cidades, numa deriva
sonora misturada com a beleza da paisagem, ainda a cantora Baby Dee,
na sua entrega solitária e encantatória, no Auditório
Camões, ou os Snapped Ankles, num revivalismo electrónico e dançante, no belíssimo
Teatro Ribeiragrandense. E...foi tão bom que custa pensar que só regressa no
ano que vem.
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