Porto de Patras, um súbito desejo
de escrita.
Uma vontade de registo:
- Os lençóis deixados
no leito
com as frases de uma noite; o sol
olhado do extremo do Verão que
cega um declínio.
À partida, na largura azul do Mediterrâneo,
o alongamento até ao limite que se
desprende
do seu fundo, não abandona os
fragmentos.
Como cristais soltos de uma
relíquia,
a respiração segue descompassada do
ritmo do mar. Forma o ritual de um
sonho
no espaço de um destino:
- O golpe
seco de um amor.
Rui Miguel Ribeiro, Europa e Mais Três Poemas, Letra
Livre, Novembro de 2017.
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