Só
o amor pára o tempo (só
ele
detém a voragem)
rasgámos
cidades a meio
(cruzámos
rios e lagos)
disponíveis
para lugares com nomes
impronunciáveis.
É preciso percorrer os mapas
mais
ao acaso
(jamais
evitar fronteiras
nunca
ficar para trás)
tudo
nos deve assombrar como
neve
em
Abril. Só o amor pára o tempo só
nele
perdura o enigma
(lançar
pedras sem forma e o lago
devolver
círculos).
João
Luís Barreto Guimarães, in
O Tempo Avança por Sílabas, Quetzal,
2019.
(Poema inserido na revista LER, Inverno/Primavera, nº152)
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