Vejo o mundo do avesso
sábado, 30 de abril de 2022
sexta-feira, 29 de abril de 2022
quarta-feira, 27 de abril de 2022
segunda-feira, 25 de abril de 2022
FALTA#4: Da Atalhada até Attica!
domingo, 24 de abril de 2022
Da Liberdade
Querida liberdade
O nosso chão tem sonhos e vontade
sábado, 23 de abril de 2022
"Amor é..."de João Habitualmente
quinta-feira, 21 de abril de 2022
FALTA#4: Montagem
quarta-feira, 20 de abril de 2022
"Primavera" de João Habitualmente
na sua paralisia de pedra verde
Fita no céu
a valsa verde do pirilampo
Noite de insetos
chamando-se entre si num clamor
A terra range
cedendo aos caules que anseiam a luz
Estamos quase no 25 de Abril*
"A verdade é triste: Zeca Afonso morreu sem que lhe tenha sido feita justiça: a nível artístico e também económico. Viveu os últimos anos da sua vida da ajuda de amigos, como o próprio contou."
Carmo Afonso, in Público, segunda-feira, 18 de Abril de 2022.
domingo, 17 de abril de 2022
sexta-feira, 15 de abril de 2022
quinta-feira, 14 de abril de 2022
quarta-feira, 13 de abril de 2022
domingo, 10 de abril de 2022
sábado, 9 de abril de 2022
quarta-feira, 6 de abril de 2022
"Jefferson Airplane" de Sebastião Belfort Cerqueira
Como o tomilho
O meu tempo é selvagem
Perdido na piada
De bêbado
Do riso
Perdido na viagem
Sem ter onde chegar
Tem sido um caminho longo e estranho
E é pra continuar.
in Música Normal, Companhia das Ilhas, Janeiro de 2021.
terça-feira, 5 de abril de 2022
segunda-feira, 4 de abril de 2022
Os Filhos da Madrugada: Nenny
"A minha vida foi marcada pelo 25 de Abril no sentido em que, na minha geração, o mais importante é expressarmo-nos. Temos liberdade de expressão. Podemos debater uns com os outros e chegar à conclusão de que todos somos iguais e devemos ser mais unidos. Ter o telefone, escrever e opinar, dizer o que realmente sentimos. Isso marca muito. Depois da revolução, temos esse direito."
in Os Filhos da Madrugada, Anabela Mota Ribeiro, Círculo de Leitores/Temas e Debates, Novembro de 2021.
domingo, 3 de abril de 2022
"Do Verso e da Queda" de Naná da Ribeira
em noctívago desnorte
enrustido anseio
"Não sei se sabes" de Rui Costa
que a meio da manhã
o verde dos teus lábios
passou para as encostas
e um gomo transparente
adormeceu nos juncos e abriu.
Abriu um brilho qualquer
na gruta fria e pôs uma fogueira
pequenina numa taça
e elevou as mãos quentes
pelo dia.
talvez tu saibas que o principal
do amor
é uma montanha de efeitos secundários.
sábado, 2 de abril de 2022
FALTA: FORÇA#4
A F A L T A, projecto colectivo e independente que reúne contributos literários e artísticos, irá lançar em breve o seu nº 4, dedicado ao tema da FORÇA. Há, por isso, desenho, poesia, ilustração, fotografia, prosa, conto, colagens e várias entrevistas. Agora é tempo de prepararar o seu conjunto, congregar os vários registos e anunciar o seu lançamento. Muito em breve estará pronta para folhear, manusear, pressentir os odores de tinta que foram secando e aglutinando os traços e as cores que serão a novidade deste número. Esta edição de 250 exemplares contará com a sua capa em serigrafia e o miolo em offset, à semelhança das edições anteriores.
sexta-feira, 1 de abril de 2022
“Uma Pequenina Luz Bruxuleante” de Jorge de Sena
Não na distância brilhando no extremo da estrada
Aqui no meio de nós e a multidão em volta
Une toute petite lumière
Just a little light
Una picolla, em todas as línguas do mundo
Uma pequena luz bruxuleante
Brilhando incerta mas brilhando aqui no meio de nós
Entre o bafo quente da multidão
A ventania dos cerros e a brisa dos mares
E o sopro azedo dos que a não vêem
Só a adivinham e raivosamente assopram
Uma pequena luz, que vacila exacta
Que bruxuleia firme, que não ilumina, apenas brilha
Chamaram-lhe voz ouviram-na, e é muda
Muda como a exactidão, como a firmeza, como a justiça
Brilhando indeflectível
Silenciosa não crepita
Não consome não custa dinheiro
Não é ela que custa dinheiro
Não aquece também os que de frio se juntam
Não ilumina também os rostos que se curvam
Apenas brilha, bruxuleia ondeia
Indefectível, próxima dourada
Tudo é incerto, ou falso, ou violento: Brilha
Tudo é terror, vaidade, orgulho, teimosia: Brilha
Tudo é pensamento, realidade, sensação, saber: Brilha
Desde sempre, ou desde nunca, para sempre ou não: Brilha
Uma pequenina luz bruxuleante e muda
Como a exactidão como a firmeza, como a justiça
Apenas como elas
Mas brilha
Não na distância. Aqui
No meio de nós
Brilha