Rodrigo Amarante (imagem do You Tube) |
Talvez o poeta Al Berto conseguisse falar melhor sobre"a longitude do amor embarcado" antes de ver"como seriam felizes as mulheres, à beira mar debruçadas para a luz caiada, remendando o pano das velas e espiando o mar", pois há tantos dias assim, povoados de uma felicidade miudinha como os pingos de chuva que julgam, assim, não molhar. Uma manhã de luz intensa e variada, muitos mergulhos no azul do mar, ainda uma tarde com o regresso deste melancólico mormaço tão típico da ínsula em que habitamos. A canção "Ribbon" de Rodrigo Amarante em repeat como se não houvesse ontem, amanhã ou depois. E, à semelhança de "O Céu que nos Protege", escrito pelo Paul Bowles, contaremos pelos dedos as vezes que vimos o nascer do sol ou a lua em noites de céu limpo, já que acreditamos ser tudo isto que existe em redor um poço sem fundo, uma canção interminável. Infelizmente, não é.
Sem comentários:
Enviar um comentário