Leva-me na tua guerra
Se és minha amiga
"Tudo, não é? Devemos tudo. Se eu pensar nos meus pais...O meu pai, já não foi à guerra porque houve o 25 de Abril. Estava a fazer a tropa. Foi mobilizado, não chegou a ir. Naquele período começou a estudar - é autodidacta - sobre como fazer fotografia. Não tenho fotografias nenhumas de quando era pequena porque estava só concentrado nos livros de fotografia. Acho que aprendeu, também, com uma pessoa. Quando penso que sou uma mulher, artista. e vivo na Europa...Crescemos com isso garantido. Agora começamos a perceber que não é assim tão garantido. Isto é, cresci numa família onde nunca questionei se era uma mulher ou se era homem. Quis ser artista e ninguém me obrigou a ser outra coisa. Se tivesse nascido há 60 ou 70 anos, não era assim. Portanto, eu, acho que devemos todos imenso ao 25 de Abril."
in Os Filhos da Madrugada, Anabela Mota Ribeiro, Temas e Debates, Novembro de 2021.
Raízes
Sorte
Quanto tempo nos resta para abraçar a noite?
in "A Nuvem Prateada das Pessoas Graves", Quasi Edições, Maio de 2005.
Milo Manara em entrevista a João Pacheco, Revista Expresso, 24 de Março de 2022.
"Até agora safei-me e acho que vou continuar a safar-me. Mas não tenho muita confiança em relação ao futuro. Os nossos políticos são o que são. As pessoas estão cada vez mais desligadas da vida política, muito mais preocupadas consigo mesmas e com a sua vida. Muito mais individualistas. Mesmo em questões em que devíamos pensar de um ponto de vista colectivo, não parecem interessadas nesse registo."
in "Os Filhos da Madrugada", Anabela Mota Ribeiro, Temas e Debates/Círculos de Leitores, Novembro de 2021.
in "Lagoeiros", Relógio D´Água, Novembro de 2011.
in Publico, 12 de Março de 2022.
Ana Paula Inácio, in Vago Pressentimento de Azul, Quasi Edições, Setembro de 2000.
Pedro Mexia in Quiosques, Revista Expressso, 4 de Março de 2022.
"Votar pela primeira vez foi maravilhoso! A sensação era a de que agora era crescida e tinha uma responsabilidade. Como qualquer forma de liberdade, seja de expressão ou outra, vem um sentido de responsabilidade. Faço a minha minicampanha nas minhas minirredes sociais, que têm um impacto ridículo (são os meus amigos e são pessoas que estão espalhadas pelo mundo). Empenho-me. Apelando ao voto. Não é um direito, votar é um dever. Custou tanto a ganhar. Foi tão difícil chegarmos ao ponto ao qual chegámos, desde a ditadura e o 25 de Abril...Até o facto de eu ser mulher, não ser a cabeça do casal, ou a cabeça de uma família..."
in OS Filhos da Madrugada, Anabela Mota Ribeiro, Temas e Debates e Círculo de Leitores, Novembro de 2021.